O Cortiço

Nesse Romance Naturalista, Aluísio Azevedo, autor de origem maranhense, expõe as nuances comportamentais da classe menos privilegiada da sociedade carioca no final do século XIX. A miséria, a falta de escrúpulos e a exploração humana são alguns dos pontos trabalhados pelo escritor nessa obra até hoje influente, lida por estudantes e cobrada em exames para ingresso nas principais Universidades brasileiras.

By : Aluísio Azevedo (1857 - 1913)

01 - Capítulo 1



02 - Capítulo 2



03 - Capítulo 3



04 - Capítulo 4



05 - Capítulo 5



06 - Capítulo 6



07 - Capítulo 7



08 - Capítulo 8



09 - Capítulo 9



10 - Capítulo 10



11 - Capítulo 11



12 - Capítulo 12



13 - Capítulo 13



14 - Capítulo 14



15 - Capítulo 15



16 - Capítulo 16



17 - Capítulo 17



18 - Capítulo 18



19 - Capítulo 19



20 - Capítulo 20



21 - Capítulo 21



22 - Capítulo 22



23 - Capítulo 23


A obra descreve a ascensão social do comerciante português João Romão, dono de uma venda, uma pedreira e um cortiço, próximo ao sobrado de um patrício endinheirado, o comendador Miranda. A rivalidade entre os dois aumenta à medida que cresce o número de casinhas do cortiço, alugadas, na sua maioria, pelos empregados da pedreira, que também fazem compras na venda de João Romão, que, desse modo passa a enriquecer rapidamente. Com a intenção obsessiva de tornar-se rico, João Romão economiza cada moeda e explora quem quer que seja sempre que tem oportunidade, como o faz com a escrava fugida chamada Bertoleza que o auxilia no trabalho duro e para quem ele forjou um documento de alforria.

O sonho de João Romão é adquirir prestígio social, como seu patrício Miranda. Este, à medida que o vendeiro vai enriquecendo, passa a considerar a possibilidade de oferecer-lhe a mão de sua filha, Zulmira; assim um amigo em comum, Botelho, se faz de intermediário das negociações e tudo fica arranjado. João Romão fica noivo de Zulmira, alcançando assim um patamar mais alto na escala social. O único inconveniente é a escrava Bertoleza, que não aceita ser descartada, para qual João Romão arma um plano: denuncia Bertoleza como escrava fugida a seu verdadeiro dono que vai com a polícia prendê-la. João Romão faz de conta que não sabe de nada e a entrega. Bertoleza percebe que Romão, sem coragem de mandá-la embora ou de matá-Ia, preparou essa armadilha para devolvê-la ao cativeiro, desesperada, ela se mata.

A narração desses fatos da vida de João Romão entrelaça-se com a narração de vários episódios dos moradores do cortiço, cuja luta pela sobrevivência é dura e cruel. O caso de Jerônimo é exemplar da visão naturalista de Azevedo, Jerônimo é um operário português contratado por João Romão para trabalhar na pedreira, é sério e honesto, casado com Piedade, também portuguesa. Eles têm uma filha criança e vivem bem como família. Mas no cortiço, Jerônimo começa a sofrer influência daquele ambiente desregrado então apaixona-se pela mulata Rita Baiana, por ela, mata um rival e abandona a família.

Acompanhando a evolução social de João Romão, o cortiço também se desenvolve, principalmente depois de um grande incêndio, quando passa por reformas e transforma-se na "Avenida São Romão", com melhor aparência e uma população mais ordeira. A população mais baixa e miserável se transfere para outro cortiço, o "Cabeça de Gato", mantendo-se assim a engrenagem do sistema social em que predomina a lei do mais forte.

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