Casa Velha

Com o fim de escrever um livro sobre a história do Primeiro Reinado, um cônego procura conhecer uma casa onde morou um ex-ministro, na qual havia papéis que o ajudariam na sua pesquisa. Durante esta pesquisa, o cônego torna-se grande amigo da família. Deste modo, vê na amizade de Félix (filho da dona da casa, D. Antônia) e Lalau (uma agregada da casa) uma possível paixão. No desenrolar da trama, descobre que sua observação estava correta. Este romance esquecido de Machado de Assis foi redescoberto somente no século XX, tendo sido, até a obra de John Gledson, considerado uma novela de importância secundária. Nele, o autor volta a temas recorrentes em sua obra de primeira fase (o estigma social de enjeitados, impossibilitados de casar ou inserir-se na burguesia brasileira devido à sua posição social) com o teor crítico e ironia de suas melhores obras.

By : Joaquim Maria Machado de Assis (1839 - 1908)

01 - Capítulo primeiro: Antes e depois da missa



02 - Capítulo II



03 - Capítulo III



04 - Capítulo IV



05 - Capítulo V



06 - Capítulo VI



07 - Capítulo VII



08 - Capítulo VIII


O Texto não tem tempo de discurso revelado; porém, o tempo de diegese se passa nos anos de 1838 e 1839. Com o fim de escrever um livro sobre a história do Primeiro Reinado, um cônego procura conhecer uma casa onde morou um ex-ministro, na qual havia papéis que o ajudariam na sua pesquisa.

Durante esta pesquisa, o cônego tornou-se grande amigo da família, ficando íntimo dela, inclusive. Deste modo, vê na amizade de Félix - filho da dona da casa, D. Antônia - e Lalau - praticamente, agregada da casa - uma possível paixão. No desenrolar da trama, descobre que sua observação estava correta e os dois realmente se amavam.

Contudo, esta união não era possível, pois D. Antônia, embora considerasse Lalau como filha, não aceitava que eles ficassem juntos devido à relação social de ambos. Para fim de obter a separação do casal, D. Antônia chega a pedir ao cônego que levasse seu filho, Félix, para conhecer a Europa (tendo como desculpa a formação pessoal deste). A derradeira tentativa de D. Antônia foi a de revelar - falsamente - que Lalau era filha do falecido ministro, pai de Félix.

Com esta revelação, há grande espanto por parte de todos, inclusive do padre, que, então, ajuda D. Antônia a separar o casal; para isto, ele revela a ambos a paternidade de Lalau. Ao revelar esta falsa verdade à tia de Lalau - com quem esta morava devido a morte de seus pais quando pequena -, ela lho revela a verdade, que o verdadeiro pai de Lalau não era o ex-ministro; mas diz, também, que houve relação deste com a mãe de Lalau gerando um filho que morreu aos 2 meses de idade.

O cônego, portanto, vai ter com D. Antônia, esta diz que realmente inventara a paternidade, e que, inclusive, não desconfiara jamais de traição por parte do marido. E que descobrindo isto da forma como descobriu, viu que deveria cumprir pena por ter feito revelação em falso. Segundo ela, parte da pena estava cumprida (descobrir-se traída), a outra metade seria casar seu filho com Lalau.

Com esta notícia, o cônego sente-se muito alegre, embora um pouco triste pelo fato de ter feito a traição ser revelada; ao contatar os principais envolvidos na história, o cônego tem uma surpresa ao perceber que Lalau não se casaria com Félix do mesmo modo. Esta não tem sua ideia mudada mesmo por intervenção de sua tia, Félix, e nem D. Antônia.

Félix e Lalau casam-se com outras pessoas, sendo este o fecho do livro: "Se ele e Lalau foram felizes, não sei; mas foram honestos, e basta." O livro implica uma linguagem perfeitamente correta narrado em primeira pessoa.

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